de Artes Visuais", foi exposto por quinze minutos, para uma platéia composta por estudantes de vários cursos, as realizações do projeto. Foram mostradas as preparações finais para a realização da restauração (com as imagens do projeto de proteção do mural), as visitas às escolas e o nosso blog. Sobre as imagens do projeto de proteção do mural, ver postagens anteriores.
Recuperação do mural de D.J. Oliveira da Universidade Federal de Goiás. "Conservar para não restaurar" PROLICEN
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Apresentação no VI Conpeex
de Artes Visuais", foi exposto por quinze minutos, para uma platéia composta por estudantes de vários cursos, as realizações do projeto. Foram mostradas as preparações finais para a realização da restauração (com as imagens do projeto de proteção do mural), as visitas às escolas e o nosso blog. Sobre as imagens do projeto de proteção do mural, ver postagens anteriores.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Palestra na Faculdade de Artes Visuais
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Versão do projeto de proteção do painel D.J. Oliveira
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Versão do projeto de proteção do mural, elaboradas pela equipe do CEGEF - Centro de Gestão do Espaço Físico/UFG, coordenado pelo professor Marco Antônio. Vista de vários ângulos, diurna e noturna. (imagens: CEGEF/UFG)
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
XVIII Simpósio de Estudos e Pesquisas da Faculdade de Educação
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sábado, 15 de agosto de 2009
Mural: Antes de ontem, ontem e hoje – Pequena introdução
No século XX, o movimento muralista teve grande força, principalmente no México, com artistas como José Clemente Orozco (1883 – 1949), Diego Rivera (1886 – 1957), David Alfaro Siqueiros (1896 -1974). O Muralismo Mexicano teve forte impacto em toda a América Latina, influenciando vários artistas e tendo estreitos laços com os movimentos da esquerda política. O movimento, no México, tinha temáticas de forte cunho social e ideológico, uma preocupação com os trabalhadores, abordando a exploração capitalista, as origens indígenas e a colonização espanhola.
No Brasil vários artistas foram influenciados por este movimento, como Cândido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti dentre outros. Assim as influências do Muralismo se estendem por todo o país, levando muitos artistas modernistas a possuírem mais uma variante técnica em sua obra. D.J. Oliveira é um exemplo: pintor e gravador teve influência tanto dos muralistas mexicanos quanto de Cândido Portinari.
Alguns murais e muralistas:
José Clemente Orozco
Nasceu em 1883, em Ciudad Guzmán, Jalisco, no México e morreu no México, em 1949. Frequentou a Academia de Bellas Artes de San Carlos e a Escuela Nacional Preparatória, no curso de arquitetura. Sua obra aborda a revolução, o povo e o sonho de se construir uma sociedade nova.
Deuses do Mundo Moderno, detalhe do mural O Épico da Civilização Americana. Detalhe do mural de José Clemente Orozco na Biblioteca Baker, Dartmouth College, Hanover, New Hampshire.
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Essas pinturas no mural (aqui um detalhe)retratam uma intrincada e atraente narrativa que abrange a história das Américas, que começa com o aztecas no México e terminando com o desenvolvimento da nossa sociedade industrial moderna. O mural compreende 24 cenas e aproximadamente 3,200 metros quadrados. (Fonte).
Diego Rivera
Rivera nasceu em Guanajato, em 1886 e morreu em 1957. Estudou na Academia de Bellas Artes de San Carlos, no México, e viajou para a Europa aos 21 anos, com uma bolsa de estudo, onde ficou até 1921. Conhece os principais movimentos artísticos da época, como o cubismo e o surrealismo e viaja por diversos países. Se encontrou com Picasso, conheceu Juan Gris e teve influências deste artista.
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Este mural intitulado El hombre en una encrucijada foi encomendado 1930. Já muito afamado Rivera recebe encomendas de murais para o Detroit Institute of Arts e para o Rockefeller Center de Nova York. O mural encomendado pelo Rockefeller Center foi batizado por Rivera como “Homem na encruzilhada”. A obra apresenta o cenário ideológico da época, um embate de dois sistemas econômicos de produção: o capitalista e o socialista. Depois de receber inúmeras críticas por ter Rivera incluído o rosto de Lênin na mesma, Rockefeller Jr. tomou-a como ofensa e a pintura foi coberta por um tempo e finalmente destruída. Posteriormente o pintor reconstruiu-a no Palácio de Belas-Artes, na Cidade do México sendo então rebatizado de “O homem controlador do universo”, mas desta vez com algumas modificações, como por exemplo, a presença de Rockefeller Jr de maneira um tanto quanto sinistra, enigmática. Portanto, ironicamente do lado esquerdo do mural encontra-se Rockefeller Jr engravatado e semi-encoberto por uma grande hélice, cercado por pessoas comuns e ostentando um enorme anel de ouro. Também estão retratados Charles Darwin, Vladmir Lênin, Leon Trotsky e Karl Marx.
Fonte: RUSSELL, André. Lênin apagado: Diego Rivera e o muralismo bolchevique. Disponível em: http://www.historianos.art.br/. Acesso em 2009.
Cândido Portinari
Candido Portinari nasce no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café, em Brodósqui, no interior do Estado de São Paulo, morreu em 6 de fevereiro de 1962, intoxicado pelas tintas. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Parte em 1929 para Paris, onde permanece até 1930.Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, decide ao voltar ao Brasil, no início de 1931, retratar em suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo à ciência antiga da pintura, uma personalidade moderna e experimentalista.
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Desbravamento da Mata
1941
Pintura mural a têmpera
316 x 431cm
Washington, D.C.
Assinada e datada no canto inferior esquerdo "PORTINARI 1941"
Library of Congress, Washington, D.C.,USA
Os murais de Portinari possuem uma identificação com os temas da pátria, como os ciclos econômicos, a chegada dos portugueses ao Brasil, os heróis nacionais como Tiradentes, a exploração da mão de obra escrava tanto dos povos indígenas quanto dos negros. Nesse mural, “Desbravamento da Mata”, Portinari retrata as entradas rumo ao oeste das terras brasileiras, então colônia de Portugal, as Bandeiras. Fonte: http://www.portinari.org.br/
Di Cavalcanti
Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor. Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976. Di Cavalcanti freqüenta o atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Freqüenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdan e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.
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Murais de Di Cavalcanti no Teatro João Caetano (Detalhe). Óleo sobre parede. 4,5 x 5,5m. 1931.
Apesar de sua obra ser predominantemente de pintura em tela, Di Cavalcanti também realizou alguns murais, como este. Os painéis de temática musical do pintor Di Cavalcanti foram pintados a óleo diretamente sobre a parede do foyer superior. As datas 1931 e 1964 grafadas sob a assinatura registram respectivamente o ano da pintura e o da intervenção feita pelo autor mesmo. Na obra estão presentes as características que irão se tornar assinatura de sua obra: As formas volumosas das figuras, o bronzeado dos personagens numa referência clara à miscigenação e uma das, ou talvez a temática predileta: as mulatas.
Fontes:http://www.dicavalcanti.com.br/ http://www.inepac.rj.gov.br/
D.J. Oliveira
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O que é Patrimônio?
No dicionário patrimônio é classificado assim:
Substantivo Masculino.
1. Herança paterna.
2. Bens de família.
3. Bens necessários para tomar ordens eclesiásticas.
Mas vamos ampliar esse conceito. Patrimônio também é nossa herança cultural e histórica, ou como diz a Unesco, (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) “O patrimônio é o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio cultural e natural é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade.” É por isso que o patrimônio é tão importante, porque nele nós nos apoiamos para construir o futuro e analisar o presente com um olhar mais agudo. A partir do patrimônio, seja ele natural ou cultural, que construímos quem somos. Mas o que é Patrimônio Natural? Bom, como o nome já diz, é da natureza, dado pela natureza. Ou em termos técnicos, de acordo com a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 da Unesco:
“- Os monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por grupos de tais formações com valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico;
- As formações geológicas e fisiográficas e as zonas estritamente delimitadas que constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação;
- Os locais de interesse naturais ou zonas naturais estritamente delimitadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, conservação ou beleza natural”.
Mas, será que podemos ver algum exemplo de patrimônio natural? Claro! Um exemplo são os Parques Naturais de Ischigualasto e Talampaya na Argentina, o Parque Nacional das Emas e Chapada dos Veadeiros no Brasil, em Goiás. Certo?!
“Os monumentos: obras arquitectónicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos de estruturas de carácter arqueológico, inscrições, grutas e grupos de elementos com valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência;
- Os conjuntos: grupos de construções isolados ou reunidos que, em virtude da sua arquitectura, unidade ou integração na paisagem, têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência;
- Os locais de interesse: obras do homem, ou obras conjugadas do homem e da natureza, e as zonas, incluindo os sítios arqueológicos, com um valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico”.
Exemplos? O Santuário Shinto de Itsukushima, no Japão, e no Brasil: Brasília, Ouro Preto e o Centro Histórico da Cidade de Goiás.
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domingo, 5 de julho de 2009
Vamos ao Museu?
Nós, do blog MURAL D.J. OLIVEIRA, fizemos um levantamento dos procedimentos adotados para se frequentar estes espaços, ou instituições. Vamos ver agora algumas das principais atitudes mais comuns, ou recomendações orientadas para os visitantes; Cada museu ou galeria de arte acaba estabelecendo normas próprias para visitação, vamos ver as mais comuns:
*Não é permitido consumir alimentos e bebidas, de qualquer espécie, inclusive chicletes e balas no espaço expositivo;
*Correr, dispensar-se do grupo , falar alto e utilizar o celular, são comportamentos inadequados;
*A captação de imagens, em vídeo, apenas pode ser realizada com autorização prévia do setor de assessoria de imprensa. A captação de imagem (especilamente de acervos históricos) por meio de fotografia, só é permitida sem a utilização de flash, devido aos raios UV e fora do horário da visita agendada;
*Para a segurança e conservação das obras não é permitido tocar nas peças do museu, incluindo as paredes, painéis e colunas do edifício. Manter a distância adequada, de pelo menos 50 cm das obras, incluindo as bases das esculturas.
*Só poderão ser utilizados bonés com a aba virada para trás para evitar o contato com as obras;
*O grupo, deve ter em média vinte alunos, que deverá ser acompanhado por pelo menos duas pessoas, que serão responsáveis pela condução e comportamento dos mesmos dentro do espaço do museu, devendo permanecer juntos ao grupo durante todo o tempo da visita educativa;
*Entrada de animais dentro dos espaços do museu;
*Fumar;
*Usar celular durante as visitas;
*Mochilas, sacolas, pacotes, malas e guarda-chuvas deverão ser deixados no guarda volumes;
*Por questão de segurança não é permitido filmar os ambientes do Museu;
Quase sempre estes locais possuem monitores ou seguranças, que ajudam a acompanhar os visitantes para que se mantenham em sintonia respeitosa com as obras expostas.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Processo de criação do mural: Depoimento de D.J. Oliveira
FIGURA 1 – Parte do primeiro Esboço do Mural da UFG, 1966.
Figura 2 – O Mural é Composto de 8 Células: 1(Mineração), 2(Agricultura), 3 (Pecuária),
Mural da UFG (D. J. Oliveira, 1966)As figuras acima e abaixo referem-se ao Mural original, feito em 1966
E, por último, aquele menino jogando peão que eu fiz relacionado á Arquitetura e Engenharia, quer dizer, que, simbolicamente, os trabalhos surgiu assim. A partir daí, o maior sacrifício era realizar o trabalho, o mural é bastante difícil, muito complicado, mas como vocês vêem o problema, fundamental de uma obra de arte, é criar essa obra de arte e, muitas vezes, não adianta recorrer a uma série de conhecimentos, a uma série de pesquisas, feita através de cultura, feita através de livro, nada, porque são muito importantes as experiências da vida, de cada momento, que você vai vivendo. E, esse Mural, eu gosto muito dele por ter nascido, exatamente, no próprio ambiente que no momento eu estava vivendo, que era na Escola de Belas Artes, aonde eu tinha o meu atelier. Fui feliz, eu acredito, estão, lá, são bastante simbólicos, bem representativos.
Sobre o modo de execução e a técnica, fala D. J. Oliveira:
E, tanto a da Federal como o da Maria Auxiliadora, foi feito numa técnica que nós chamamos de afresco. Quer dizer, afresco é pintar sobre uma parede úmida, molhada, quer dizer a parede tem que estar fresca, pra ser pintada. É simples, é uma massa normal, de pedreiros, que ele fazem, com exceção que só não vai um elemento que é o cimento, é feito areia e cal. A gente prepara isso e são várias camadas de areia e cal, até que a última camada é mais cal do que areia porque na casa é cal que é o fixador. Na realidade, é muito simples, as cores são pigmentos, são tinta em pó, misturada na água, com água só e pintada diretamente sobre a parede, só que pintada enquanto essa parede continua úmida, daí a palavra pintura em afresco.
Sobre a Primeira Restauração do Mural:
E, ele passou por uma restauração porque é seguinte: O trabalho de Mural depende de uma série de problemas que ele tenha um grande futuro. Normalmente, a gente é contatada para este tipo de trabalho quando o edifício já está em andamento, então a gente encontra uma série de dificuldade, você não pode exigir tido, você já começa o trabalho com as paredes levantadas, muitas vezes não estão feitas como deve ser. E apesar de todo o cuidado que eu tive ele acabou apresentando alguns problemas, que nem está relacionado diretamente com o meu trabalho, aquilo já é um trabalho de estrutura do próprio edifício, eu restaurei foram as trincas que deu nas paredes, porque a estrutura do edifício, o edifício teve assim movimento intenso demais, talvez seja problema de engenharia, então deu trincas enormes nas paredes, ele trincou muito profundamente a ponto de gente enxergar do outro lado, você vê até a parte interior do edifício. Então, na realidade, o que eu fiz, mais lá, foi restaurar essa espécie de estajo. Enquanto que a pintura continuou tendo bastante resistência. Eu que restaurei, e mesmo porque nesse período que nos atravessamos um período negro da história do Brasil que foi de 1964 até o ano passado, então os estudantes faziam muito movimento até e muitas vezes eles sujaram, escreveram nas paredes e u também tive grande trabalho de ter que restaurar aquilo.
E, houve um período no Brasil que as Artes Plásticas estavam muito ligada á Arquitetura e talvez nesse último 20 anos, não sei, mas teria com você explicar pra gente ou não, porque não acontece mais isto, por exemplo, está construindo ali, o Governo está construindo um edifício ali imenso, o Palácio da Justiça e não se deixou, por exemplo, um espaço reservado para um mural ou escultura, enfim, está havendo uma certa desvinculação...
Bem, o problema é assim um pouco difícil de explicar pelo seguinte, eu acredito que a arte depende de momentos culturais que se vive. Eu acredito que Goiás está vivendo em momento cultural assim muito difícil, estamos passando por um período de transição político, de Governo, a gente nunca sabe o certo se é porque os governos estão interessados na política ou não, mas, de qualquer forma eu possa te dizer que a arte sempre teve ligado á Arquitetura, ela nunca teve, assim, separada, de qualquer forma, principalmente no campo de mural, o mural é uma coisa totalmente ligada á Arquitetura, porque quando eu fui professor na escola, durante meu tempo de professor na escola, isso ai era normal, naquele tempo a gente ensinava a maneira de aplicar mural junto com a arquitetura. E, se hoje isso não ta acontecendo é porque, entende? Nós estamos passando umas fazes assim muito difícil, eu acho que isso é questão mais de cultura.
É, difícil, sim, eu posso dizer pra você o seguinte: todos os murais que eu executei até agora eu posso dizer que nenhum deles não deu lucro. Muita gente pensa que, todo esse trabalho que eu fiz na área de mural, se for somar todos em metros quadrados (M2) eu acho que eu devo ter uma questão de 1.200 M2 de murais pintados em Goiânia, só na Maria Auxiliadora tem 164 m2, o da Universidade lá em cima lembro ao todo dá quase 200 m2; ajuntando com os demais, eu vou dizer que eu pintei aqui pelo menos de 1.000 a 1.200 m2de murais, de painéis, os que estão presentes, em dizer o que já foram destruídos que foi uma média de 6 a 8 murais que foram destruídos.
Nenhum deles me trouxe nenhum lucro, eu trabalhei apenas como um artesão, melhor pago, como um operário melhor pago, porque na realidade se for computar, cobrar o que vale, é um trabalho bastante caro, mas eu acho que isso não tem nada de ver, porque eu acho que +e uma obrigação dos Órgãos Estaduais do Governo arcar com essas despesas, pagar, porque pode dizer que é bastante caro evidentemente, mais há muita coisa que é aplicada, nossas obras que muitas vezes que nada tem de ver entende, que esse dinheiro poderia muito bem ser revertido pra se contratar os artistas, os artistas pra poder fazer o trabalho.
É, exatamente quando eu tentei colocar a integração da arte coma arquitetura, naturalmente estaria voltado pras obras públicas, porque naturalmente a população no estado de carência, em que se encontra, torna-se um luxo, infelizmente a arte hoje, torna-se luxo, não se consegue fazer uma casa.
É, isso também depende de em obras publicas, por exemplo, eu não sei qual o trabalho assim importante que tenha feito eu termos obras publicas, dirigido pelo Governo aqui. (não entendi)
É, infelizmente me parece que o atual pensamento não gira em torno disso, o que traz bastante dificuldade, você pode ver que todas as grandes obras que eu fiz aqui em termos de mural pelas são todas elas obras particulares, evidentemente que houve um pouco de sacrifício da minha parte como houve da partes deles, por exemplo, no contrato desse Mural na Maria Auxiliadora, eu falei para as freiras que eu ai apresentar um orçamento na base do custo, e particularmente sem eu ter grandes lucros, pelo menos o suficiente pra poder trabalhar então eu acabei, que pra época já era muito por baixo, depois que elas somaram aquele m2 quadrado, elas disseram pra mim que era impossível executar esse trabalho porque com esse dinheiro e um pouco mais nos construímos outro colégio. Paredes levantardes, muitas vezes não estão feitas como deve ser. E apesar de todo o cuidado que eu tive ele acabou apresentado alguns problemas que nem está relacionado diretamente como meu trabalho; aquilo já é um trabalho de estrutura do próprio edifício; eu restaurei não foi à pintura que eu fiz, eu restaurei foram às trincas que deu nas paredes, porque a estrutura do edifício, o edifício teve assim meu movimento intenso demais, talvez seja problema de engenharia, então deu trincas profundamente a ponto da gente enxergar do outro nas paredes, ele trincou muito profundamente a ponto da gente enxergar do outro lado, você vê até a parte interior do edifício. Então, na realidade o que fiz mais lá foi restaurar essa espécie de estágio. Enquanto que a pintura continuou tenho bastante resistência. Eu que restaurei, e mesmo porque nesse período que nós atravessamos um período negro da historia do Brasil que foi de 1964 até o ano passado, então os estudantes faziam muito movimento ali e muitas vezes eles sujaram, escreveram nas paredes e eu também tive grande trabalho de ter que restaurar aquilo.
É, houve um período no Brasil que as Artes Plásticas estavam muito ligada á Arquitetura e talvez nesses ultima 20 anos, não sei, mais, teria como você explicar pra gente ou não, porque que não acontece mais isto, por exemplo, está se construindo ali, o Governo está construindo ali em edifício imenso, o Palácio da Justiça e não se deixou, por exemplo, um espaço reservado para um mural ou escultura, enfim, está havendo uma certa desvinculação...
Bem, o problema é assim um pouco difícil de explicar pelo seguinte, eu acredito que a arte depende de momentos culturais que se vive. Eu acredito que Goiás está vivendo um momento cultural assim muito difícil, estamos passando por um período de transição política, de Governo, a gente nunca sabe o certo se é porque os governos estão interessados na política ou não, mas, de qualquer forma eu possa te dizer que a arte sempre teve ligado, á Arquitetura, ela nunca teve assim separada, de qualquer forma, principalmente no campo de mural, o mural é uma coisa totalmente ligada á Arquitetura, porque quando eu fui professor na Escola, durante meu tempo de professor na Escola, isso ai era normal, naquele tempo a gente ensinava a maneira de aplicar mural junto com a Arquitetura. E, se hoje isso não ta acontecendo é porque, entendemos, nós estamos passando umas fazes assim muito difícil, eu acho que por isso é questão mais de cultura.
Existe um pouco a questão de custo também, nisso. Eu acho que, por exemplo, quando se desenvolve um projeto de arquitetura, através de determinados elementos decorativos, é que se abra, vamos produzir um painel numa fachada, por exemplo, mas, eu acho que pra grande parte da população seria meio inviável, muito mais plástico pra desenvolver um painel, porque eu não sei embora em termos de custo, mas é por ai vocês podem saber um que base eu executei esse mural.
Eu executei porque é o tal negocio, a gente tem uma certa responsabilidade e mesmo não é só a responsabilidade, eu acho que essa coisa me querer permanecer, de querer fazer, de querer mostrar até aonde a capacidade da gente vai e também a gente acha que isso é uma forma de qualquer maneira, da gente dar uma contribuição em termos culturais pra cidade e também um pouco do amor do próprio trabalho, eu diria que até, eu diria que amor á própria vaidade, supera a se mesmo, e isso exige bastante sacrifício, esse foi realmente um grande sacrifício porque você vê pelo que eu disse antes que elas argumentaram que elas construíram com outro Colégio, nessas alturas, você vê como eu teve que retroceder pra poder fazer o trabalho, na realidade o trabalho não me deu prejuízo, mas fui pago como um bom artesão, como um operário um pouco mais graduado, mas o que eu achei muito importante foi dar essa contribuição, fazer esse trabalho."
Conservar para não restaurar - A formação do professor de artes visuais
No ano de 1971 o ensino de artes passa a ser oficializado, na escola regular, na Segunda Fase do Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries), pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5.692/71. Com a obrigatoriedade do ensino de arte surge a necessidade de se formar profissionais para atender a demanda. A partir de então se criam, no Brasil, em 1973, os primeiros cursos de formação do professor de artes, com as Licenciaturas Curtas, passando posteriormente à licenciatura plena, em nível de graduação.
Todavia, é importante lembrar que a primeira experiência de criação de cursos para formar professor de arte é goiana, com o curso de Professorado de Desenho. O curso nasce da reforma na EGBA, para atender à Lei n.º 4.464 de 9 de novembro de 1964, que propõe uma reorganização didática dos cursos, classificando-os em:
· curso de formação (graduação);
· curso de especialização profissional (curso livre em que o aluno se especializava em uma modalidade artística), e
· cursos extraordinários.
Por meio da criação do Curso de Arquitetura, a instituição buscava fortalecer as Artes e resgatar a Arquitetura, que havia sido desvinculada da ENBA, mesmo contra a vontade de diversos professores, como Jordão de Oliveira e Lúcio Costa.
Os alunos do curso de Formação de Professorado de Desenho, único à época regulamentado pelo MEC, é criado sob Parecer n.º 599/66, cursavam as disciplinas voltadas para a formação educacional: Psicologia da Educação, Elementos de Administração Escolar, Didática Geral, Didática Especial e Complementos de Matemática, na Faculdade de Filosofia.
No Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás, atual FAV/UFG, o curso de formação de professores de arte começa em 1974, com a Resolução nº 333 do CCEP, que fixa o currículo pleno do Curso de Licenciatura em Educação Artística. No currículo foi observado que os assuntos conservação e recuperação não fazem parte da grade curricular.
De 1973 para cá muitas mudanças ocorreram nos currículos de Licenciatura, inclusive em relação à nomenclatura do curso, que passa de Educação Artística para Ensino de Arte, a partir de 2005. Conseqüentemente acontecem mudanças quanto à Grade Curricular. Mas os assuntos conservação e recuperação continuam a não fazer parte das grades dos cursos de formação de professores de arte da FAV/UFG.
Também acontecem mudanças no que se refere a normatização desse ensino na escola regular, que passa a ser considerado como área de conhecimento e não mais “Atividade” dentro do Currículo de Comunicação e Expressão, como deliberava a antiga LDB/1971. Com a LDB nº 9.394/96, a arte torna-se área de conhecimento, como qualquer outra área, portanto obrigatório, nas escolas oficiais, de Segunda Fase do Ensino Fundamental e Médio.
Todavia, embora se perceba que os currículos que tratam da formação do professor de arte tenham sofrido várias alterações desde sua criação e tenha avançado, em meados da década de 90, ainda assim serão necessárias novas mudanças. No novo currículo da FAV/UFG, implementado a partir de 2001, muitas inovações aconteceram, com à inclusão de muitas questões novas, pertinentes à formação desse profissional, a exemplo do aumento da carga horária de estágio, que passa de 128 horas (de 1 ano) para mais de 416, passando para dois anos e meio ou 5 semestres, privilegiando a escola pública, formal e informal.
Também foi acrescentado ao currículo à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que proporciona ao aluno maturidade, pois lhe permite elaborar um projeto de ensino de arte e colocá-lo em ação na escola. Também é inserido no currículo o termo Cultura Popular, antes Folclore Brasileiro, entre outros assuntos. Todavia, ainda se percebe que muito outros temas ainda precisam ser inseridos no currículo do curso de formação de professore de arte, a exemplo de noções de Antropologia da Arte e de Psicologia da Arte.
Um outro tema que não pode ser esquecido e que deverá fazer parte da formação do professor são as orientações sobre frequentação[1] a espaços artísticos e culturais. O professor de arte é o responsável pela formação de hábitos, atitudes e comportamento frentes aos espaços artísticos e culturais, cabendo a ele ter ainda noções de conservação e recuperação de obras, assuntos que são Elementos de Museologia, disciplina da Grade Curricular do curso de Graduação, em Artes, da ECA/USP e hoje da PUC/SP, que orienta sobre restauração e Conservação.
Analisando os cursos de artes, oferecidos pelas Universidades Federais e Estaduais, de 26 estados brasileiros, e um do distrito Federal, constatamos um total de 71 Universidades entre Federais e Estaduais, e constatamos que em apenas onze (11) são oferecidos o curso de Artes Visuais – Bacharelado ou Licenciatura. Destas, apenas duas (2), a Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e a ECA/USP têm em seu currículo, matérias relacionadas aos Elementos de Museologia: conservação de obras de artes.Também foi constatado que dos três estados formadores da região Centro Oeste nenhuma Universidade ou Faculdade, Federal ou Estadual, apresentam nos seus cursos de licenciatura, em artes, matérias direcionadas a Elementos de Museologia, o que obriga aos futuros professores de artes, ou interessados na área da conservação de obras de artes do estado de Goiás a se deslocarem para outros estados à procura de especializações e cursos técnicos na área.
A necessidade desses assuntos é para dar orientações ao professor, para que ele possa discutir esses temas em sala de aula, pois além de desenvolver no aluno atitudes de freqüentação a espaços artísticos e culturais poderá dar noções sobre Conservação e Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural, pois é ao profissional da arte-educação que cabe a responsabilidade de fazer, pelos conteúdos, a mediação dos bens artísticos e culturais à escola, para formar não somente o consumidor de arte e cultura, mais também um conhecedor e produtor mais atuante e crítico.
O tema Conservação e Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural, Elementos da Museologia têm papel fundamental para se desenvolver no futuro professor, conseqüentemente no aluno de arte, a consciência de que os bens Artísticos e Culturais são patrimônios públicos, portanto, pertencentes a todas as sociedades. São produtos socialmente construídos, mas que para serem apreciados/fruídos/visitados será necessário que a sociedade os conserve, ou seja, ela precisa ser alfabetizada visualmente, para compreender seus códigos de leitura pelo domínio da Gramática visual, mas que esse processo somente será possível se houver conservação/recuperação para que as gerações futuras possam conhecer as suas memórias.
A necessidade de uma formação, nesta área, para o professor, dá-se por se ver muitas obras de arte, na capital goiana, sendo destruídas, a exemplo do Mural da Praça Universitária. Esta obra, no decorrer de sua existência, sofrera várias intervenções, físicas, inclusive destrutivas, por parte de vândalos, por desconhecerem a importância dessa obra, e de muitas outras, para a memória cultural da cidade. Observa-se ainda que outros bens como os da arquitetura da cidade de Goiânia, em estilo Art Decò, encontram-se comprometidas pela mesma sociedade que a contempla. Embora a apreciem/fruam também as destroem por não saber conservá-la ou não compreender o seu significado.
Com orientações nesta área o professor de arte estaria atento para incluir em seus programas de curso, no ensino Básico: Fundamental e Médio este assunto tão importante para a sobrevivência do patrimônio artístico cultural, ao formar um público não apenas capaz de apreciar/fruir a arte/cultura, mas também capaz de conservar a sua riqueza cultural e memória coletiva.
A proposta do projeto é aproveitar-se do processo de recuperação da obra para se produzir material didático para se discutir o assunto, forma de recuperar a lacuna que existe no atual currículo que trata da formação do professor de arte, elaborado pela FAV/UFG/2001-2003. O que queremos é dar aos alunos do Curso de Artes Visuais – Licenciatura a oportunidade de ter contato direto com essa área problemática da arte e levá-lo a conhecer e adquiri experiência, ainda que teoricamente neste assunto.
Quer-se colocar o aluno em contato com o trabalho do restaurador, para que conheça, de perto, o procedimento de recuperação de uma obra: os propósitos, os meios, os diferentes métodos, os materiais e os conceitos. Para tanto, o aluno, bolsista, deverá acompanhar os passos do processo de trabalho a ser desenvolvido pelo responsável pela recuperação da obra: discutir, registrar e fotografar os procedimentos, para que com os dados ele possa construir um texto que sirva de referência para o aluno do curso de arte e para os professores.
É claro que não se pode esquecer da necessidade de se formar um professor com uma visão mais abrangente, e que seja interessado pela pesquisa, sem se esquecer da capacidade dele de articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Essa experiência permitirá ao professor compreender o processo e mediar com mais segurança os seus conhecimentos.
Com a pesquisa o aluno/professor poderá ampliar os seus conhecimentos, conseqüentemente os seus gestos/ações de educar, ou seja, poderá descobrir pelo ensino possibilidades para a pesquisa e para a produção de novos saberes. Outra preocupação que nos leva a explorar a experiência de recuperação do mural na formação do professor é despertar o aluno para esta área do conhecimento que é a restauração, intrinsecamente relacionado à arte e seu ensino.
A recuperação do Mural da UFG vem ressaltar ainda a preocupação e o esforço da Faculdade de Artes Visuais, da Universidade Federal de Goiás, para com a preservação do patrimônio cultural, não só da UFG, mas de toda a cidade, já que a obra – o Mural - faz parte dos bens imateriais da cultura goiana. Considera-se importante que a experiência de recuperação do Mural da UFG sirva de aprendizado para os alunos do Curso de Artes Visuais – Licenciatura, haja vista a raridade de se ter a oportunidade de tal aprendizado.
Além do desgaste natural e temporal da obra ela sofre o desgaste decorrente de agressões, físicas, praticadas por pixadores, pessoas que ainda não se atentaram para o valor das obras artísticas e para o patrimônio arquitetônico exposto na cidade de Goiânia e pelo país afora. Por não entenderem que o patrimônio pertence à todos é muito comum, em nosso país, visitantes de espaços culturais levarem para suas casas um pedacinho da obra visitada como lembrança.
Espera-se que a partir do acompanhamento do trabalho de recuperação da obra, que deverá ser feito in loco, e da elaboração do relatório, seja possível se desenvolver material didático, para a realização de ações educativas, em favor da educação para a compreensão e conservação do patrimônio artístico e cultural. As palestras, elaboradas a partir do relatório, serão realizadas para alunos do Curso de Artes Visuais – Licenciatura, e professores e do Ensino Básico: Fundamental e Médio, que atuem no ensino de arte.
[1] Fre.qu.en.tar é um verbo transitivo e significa:ir repetidas vezes a qualquer lugar; conviver constantemente com; ver alguém amiudadas vezes; viver na intimidade de; consultar amiúde uma obra ou um autor; cursar. Substantivofre.qu.en.ta.ção feminino Acto ou efeito de frequentar; Conversação habitual; Trato. Obtido em http://pt.wiktionary.org/wiki/frequenta%C3%A7%C3%A3o
terça-feira, 16 de junho de 2009
Mais sobre D.J. Oliveira
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Verônica II - 1967 - 82 x 66 cm
S/título - Têmpera - 1967 - 99 x 74,5 cm
sábado, 30 de maio de 2009
Projeto sobre restauração do mural de D.J. Oliveira nas escolas
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Curta biografia de D.J. Oliveira e o mural
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Aqui está uma breve biografia de D.J. Oliveira, que está presente no projeto original, realizado pela profa. Dra. Edna de Jesus Goya, sobre a restauração do mural da Universidade Federal de Goiás.
"DJ Oliveira nasceu em Bragança Paulista, SP, em 1932, mas tornou-se um goiano por escolha ao eleger a capital do Estado para a sua morada e Goiás como o seu território. Em Goiás planejou e produziu toda a sua obra, em Pintura, Mural e Gravura. Ao se mudar para Goiânia muda não apenas de lugar para outro – de São Paulo para Goiás –, mas também os rumos de sua produção, ao abandonar a Arte Aplicada e optar pelas artes plásticas. Em Goiânia passa a se dedicar exclusivamente à pintura, à gravura e aos murais. A cidade, assim como Goiás, se torna a fonte provedora da matéria. De Goiás retira o repertório temático e o material para a criação de sua obra. A cidade e os seus ateliês se tornam os seus espaços de criação. Da cidade DJ Oliveira retira a matéria.
Na cidade reside, colhe e filtra pelo seu olhar a matéria e produz a obra. Retira as temáticas, o material para produzir a gravura, retira e cria as personagens e produz cenários para que neles elas atuem. Em Goiás D. J. Oliveira produz as suas narrativas visuais.
Na cidade Oliveira colhe a matéria para criar, mas a seleciona e a transforma, pela percepção, o material. Recria as técnicas de gravura em metal pela prática da gravura em ferro. Redimensiona seu percurso de vida e também o criativo, ao apreender novas formas de percepção do espaço e inserir neles figuras, produzindo pinturas, gravuras e murais.
A luminosidade denunciada através do auto-retrato, pintado em 1960, evidencia as marcas da mudança de DJ Oliveira, de São Paulo para Goiás. DJ Oliveira leva para suas obra partes de sua nova cidade. Apreende a cultura da cidade para produzir a obra, estabelece com ela novos diálogos, pois esta é a sua forma de inserção no novo espaço. Pela sua obra, pelos murais interfere e altera os espaços da cidade estabelecendo com ele novos diálogos ao devolver a ela suas grandes obras, a exemplo dos murais do Colégio Maria Auxiliadora, situado à Praça do Cruzeiro, no Setor Sul da cidade de Goiânia; do mural do Clube Ferreira Pacheco e do Mural da Praça Universitária, situado no antigo prédio da Reitoria da UFG.
O Mural foi, estrategicamente pensado, na época, para ser situado em um dos espaços mais importantes da UFG, conseqüentemente na capital de Goiânia – na Praça Universitária. Nos anos de 1960 e 1980, a Praça Universitária representava o centro das atenções da nova capital do Estado, pois lá estavam situadas as duas maiores Universidades de Goiás; a UCG e a UFG. A criação das Universidades representaria os novos rumos do Estado: social, econômico, cultural e os valores da sociedade que antes centrada no aspecto rural, voltava-se para a cultura urbana. As duas Universidades representaria a mudança de direções de Goiás.
ASPECTOS QUE MARCARAM A SINGULARIDADE DE DJ OLIVEIRA
Nasce em Bragança Paulista, SP, 14 de Novembro de 1932 e falece em Goiânia em 23 de setembro de 2005.
1946 a 1955 - Convive com artistas da Fundação Armando Álvares Penteado, sendo orientado por Laurindo Galante, escultor e professor do Liceu de Artes e Ofícios e da Escola Técnica Getúlio Vargas. Com o grupo de Galante, denominado Grupo do Braz, tem aulas de Desenho (1948 e 1949). Através desse grupo conhece Francisco Priori, que o apresenta a Volpi. Esse o apresenta ao Grupo Santa Helena, em 1949.
1942 - Faz suas primeiras experiências, em pintura a têmpera, em sua cidade, e se torna ajudante de Caetano Corrêa, cartazista de cinema, pintor e decorador.
1943 - Inicia a pintura a óleo, em estilo natural, com Luís Gualberto, pintor paisagista de sua cidade.
1946 - Muda-se para São Paulo, capital, e começa trabalhar com Florêncio Caruzo, pintor e artesão, especializado em decoração de paredes.
1954 - Conhece Luciano Maurício, cenógrafo do Ballet do IV Centenário, com quem aprende conceitos de cenografia e o introduz na arte moderna e nos estúdios da TV Tupi, onde trabalha por alguns anos.
1956 – Muda-se para Goiânia – GO, e recomeça o trabalho de artes aplicadas: pinturas de parede, placas de anúncios, cenários. Na cidade, retoma o trabalho artístico iniciado em São Paulo.
Em 1956 – Funda o primeiro Ateliê Livre e coletivo de pintura moderna do Estado. Desse grupo de artistas participaram os pintores Juca de Lima, Agostino de Souza, Siron Franco, Roosevelt, Wasnhington Honorato e Amaury Menezes. Depois, Isa Costa, Ana Maria Pacheco, Vanda Pinheiro e outros.
1958 - É apresentado ao Diretor do Teatro de Emergência, João Bennio, por Batista Custódio e, com ele, realiza seu primeiro cenário na cidade de Goiânia para Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
1959 - Inaugura o teatro de Emergência de Bennio com o cenário da peça A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo.
Em 1964 funda, juntamente com outros artistas, o primeiro Ateliê Livre da EGBA.
Em 1967 – Realiza, juntamente com uma de suas alunas, Grace Maria Machado de Freitas, as primeiras experiências em calcografia (Gravura em metal): desenha, grava em ponta-seca e imprime, na EGBA, a primeira matriz em metal usando chapa de latão.
1961 - Pelo trabalho como cenógrafo e, por meio dessa peça, é convidada por Luiz Curado a integrar o grupo de professores da Escola Goiana Belas Arte (EGBA). Na escola, começa a ensinar desenho, pintura e gravura em madeira.
De 1961 – Introduz na EGBA a Disciplina Modelo Vivo.
1967 – Na EGBA inicia experiências de Gravura, em Metal, e lança o seu primeiro álbum de xilogravuras.
De 1961 a 1972 – Atua, na EGBA, como professor das disciplinas Desenho de Modelo Vivo, Pintura e Gravura.
1968 e 1969 – Na condição de professor da EGBA e de bolsista, visita, na Europa, países como a Holanda, a França, a Itália, a Inglaterra, a Suíça, a Espanha e a Bélgica. Tal fato contribuiu para que o artista fizesse uma revisão geral de seus conceitos sobre arte e, especialmente, sobre gravura, que até então se limitava à xilografia. Conhece os dos grandes artista Modernos como Giotto, Goya e Picasso.
1972 – Deixa a EGBA da Universidade Católica de Goiás (UCG) e passa a se dedicar exclusivamente a arte: aos murais, pintura e gravura. Em 1972 com base em um modelo francês, visto pelo artista em um ateliê da cidade de Madrid (Espanha) constrói sua prensa de gravura em metal. É a terceira de Goiás porque Vanda Pinheiro já havia montado seu ateliê de gravura em metal.
Em 1981 – Abandona a gravura.
Além de sua imensa produção artística e participação em inúmeros eventos artísticos (salões de arte) D. J. Oliveira tem importante papel no ensino de arte ao ensinar pintura, desenho e gravura na primeira Escola Goiana de Belas Artes (EGBA). O artista é o primeiro gravador em metal de Goiás ao imprimir em chapa de latão em 1967. Contribui para a formação de vários artistas goianos, a exemplo, Siron Franco (aluno do Curso Livre de Artes da EGBA), Ana Maria Pacheco e Isa Costa, alunas regulares da Escola Goiana de Belas Artes, e José César, Dinéia Dutra e Vanda Pinheiro, e outros artista, freqüentadores de seus ateliês".
A prof. Dra. Edna Goya tem a mais completa pesquisa sobre a obra de D. J. Oliveira e desenvolve o projeto que acompanha a restauração do Mural da UFG, realizado por D. J. Oliveira.
Fotografia de D(irso) J(osé) Oliveira: Ateliê de Luziânia, GO - Foto registrada por Edna Goya – 2005
Exposição "Modernismo em Goiás e Ocupação"
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sexta-feira, 29 de maio de 2009
Mural D.J. Oliveira
Neste Blog iremos acompanhar a restauração do mural do artista D.J. Oliveira localizado no Campus I da Universidade Federal de Goiás. Este projeto é encabeçado pela Profa. Dra. Edna de Jesus Goya, da Faculdade de Artes visuais da UFG. Como o próprio texto da introdução do projeto diz "A preocupação da pesquisa não é estudar restauração, mas por meio da recuperação do Mural da UFG, de D. J. Oliveira, produzir material teórico-prático para discutir com os alunos e interessados pelo assunto sobre conservação e recuperação do Patrimônio Artístico e Cultural. Por meio da recuperação do Mural queremos sistematizar conhecimentos sobre formas de conservação e recuperação de obras de artes para discutir com os futuros arte-educadores sobre os temas. Esses conteúdos são entendidos como Elementos de Museologia, considerados por nós como de fundamental importância para a formação do professor de arte. Queremos produzir material didático para trabalhar com os alunos do Curso de Artes Visuais – Licenciatura, professores e alunos de escolas públicas: estadual ou municipal. O objetivo da pesquisa é a produção de material didático para incentivar a comunidade escolar para a preservação do patrimônio artístico-cultural da UFG e da cidade de Goiânia e para sociedade futura".
Estará postado também as atualizações da pesquisa, como visitas à escolas para divulgação do projeto e também atividades desenvolvidas pelo projeto.